Eu costumo dizer para as pacientes que há uma grande diferença entre “queda de cabelos” e “rarefação capilar”. Quando a gente fala em queda de cabelos, estamos nos referindo à quantidade de cabelos que caem por dia, quando você “puxa” os fios! Quantos realmente se desprendem do couro cabeludo e vão parar em outros locais (ralo do chuveiro, chão do banheiro, travesseiro, etc etc etc)! Cada paciente tem uma velocidade normal de perda de cabelos e é normal que se desprendam diariamente cerca de 90 a 100 fios de cabelos! A rarefação capilar, por sua vez, é a diminuição de cabelos que estão no couro cabeludo ou o afinamento dos mesmos! A rarefação é o que faz a gente enxergar mais o couro cabeludo, por exemplo, quando entramos em um elevador!
Como esse post é sobre Alopécia Androgenética (ou a famosa calvície familiar), eu gostaria de ressaltar que o sinal mais importante da doença é a rarefação capilar, sendo que na maioria das pacientes a velocidade de queda dos cabelos pode estar normal! Algumas pacientes com a calvície familiar podem apresentar mais tendência a ter o Eflúvio Telógeno (a bendita queda de cabelos ATIVA), mas isso já é outro assunto!
A calvície familiar, então, é a diminuição progressiva do diâmetro dos fios de cabelos, fazendo com que ao longo do tempo, eles sejam perdidos! A causa da doença é a mesma para os homens e para as mulheres e, por mais estranho que pareça, ⅔ das mulheres terão em alguma parte da vida o afinamento causado pela calvície familiar! As mulheres, então, podem ter uma rarefação importante, sendo que normalmente ela não chega a ser uma calvície como a masculina! Também é importante ressaltar que quando a calvície familiar se apresenta muito precocemente em mulheres temos também que investigar problemas endócrinos e trabalhar em conjunto com outras especialidades médicas!
O mais importante é você se conhecer e saber reconhecer que está tendo queda ou rarefação capilar, para pode ir ao médico especialista em cabelos, que é o Médico Dermatologista!
(Para saber mais, acesse a página da Sociedade Brasileira de Dermatologia)